As articulações políticas na Bahia após o PP pular o muro e parar no grupo de ACM Neto estão intensas. Em contrapartida, o PT tenta agora, a todo custo, levar o PDT para sua base de apoio, apesar da sigla ter acordo selado com a oposição no estado, que passa por uma costura nacional e vaga na majoritária como vice.
Em conversa com o Portal Salvador FM, o deputado estadual Roberto Carlos (PDT), aliado da base governista, afirmou que o presidente do PDT na Bahia, Félix Mendonça Jr., vai para Brasília nesta quarta-feira (16) se reunir com o líder nacional da sigla, Carlos Lupi. A expectativa é que o apoio do PDT na Bahia seja definido e anunciado nesta quinta (17).
Félix já tinha relatado a conversa com Roberto Carlos, mas que não tinha avançado nas tratativas. O deputado estadual, entretanto, disse que apesar do presidente não ter dado a palavra final, confia que "quem cala, consente".
"Perguntei se teria a possibilidade de ACM Neto não cumprisse o acordado com o PDT, qual seria o posicionamento dele. Ele disse que ia aguardar a posição de ACM Neto para depois discutir qualquer possibilidade", relatou.
O PDT confia na promessa de ACM Neto de ocupar a vice na chapa, assim como feito na capital baiana, com Ana Paula Matos. A negociação envolveria ainda o apoio a Ciro Gomes (PDT) e também da presença do ex-ministro no palanque de Neto na Bahia, o que Roberto Carlos considera não ser mais "possível".
"Eles não vão apoiar Ciro Gomes aqui, isso já é posição secundária. A principal peça agora neste momento é a questão de espaço na majoritária com o PDT. O presidente nacional Lupi e o estadual, Félix, vão se reunir em Brasília hoje e quando voltar para a Bahia, na quinta-feira, pode ter um posicionamento mais concreto, se tiver contato com ACM Neto", afirma.
A possibilidade do PDT migrar, no entanto, não é admitida por parte dos correligionários ligados ao grupo de ACM Neto, como o secretário de Saúde de Salvador, Léo Prates, e a vice-prefeita de Salvador, Ana Paula Matos.