Política

Mesmo sem garantia de apoio, Doria diz que vai "subir no palanque" de ACM Neto

Apesar de falar do seu favorito, Doria ressalta que mantém uma boa relação com o governador Rui Costa (PT)

Secom/Prefeitura de Salvador
Secom/Prefeitura de Salvador

Após um longo período até a reconciliação, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), avisou que mesmo sem garantia de uma contrapartida, pretende "subir no palanque" do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, pré-candidato ao Governo da Bahia.

Filho do baiano João Agripino da Costa Neto, deputado federal pelo estado nos anos 1960 e cassado pela Ditadura Militar, Doria diz que o pré-candidato pelo União Brasil reúne as características necessárias para um bom gestor. Entre elas, a de escolher os que formam a sua "equipe".

"Eu subirei no palanque de ACM Neto, apoio e entendo que ele é a melhor opção para a Bahia, a minha terra, tenho convicção pelo grande trabalho que fez como prefeito de Salvador, como deputado. Outra qualidade que eu indico no Neto é a capacidade de escolher colaboradores capazes, como faço em São Paulo […] ele fez isso na Prefeitura de Salvador. É só você ver Bruno, é como se fosse um 'ACM 2', a mesma conduta, a mesma transparência e um trabalho eficiente", afirmou Doria, em entrevista à rádio Salvador FM, nesta quarta-feira (16).

Apesar de falar do seu favorito, Doria ressalta que mantém uma boa relação com o governador Rui Costa (PT), com o vice-governador João Leão (PP) e com o senador Otto Alencar (PSD).

A rusga entre Doria e Neto começou no início de 2021, quando Rodrigo Garcia decidiu pela filiação ao PSDB, deixando para trás o DEM, partido que era presidido nacionalmente pelo ex-prefeito, que agora se funiu ao PSL dando origem ao União Brasil. 

À época, o movimento foi visto também como uma tática de isolar Geraldo Alckmin, que mais tarde veio a deixar o partido e hoje deve ir para o PSB. Neto não gostou do seu partido perder a vice do maior estado do Brasil e passou o último ano afastado de Doria.