A região Nordeste foi a que registrou o maior crescimento da inadimplência em 2015. O índice chegou a 7,62%, segundo o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), vinculado à Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
A entidade divulgou nesta quinta-feira (14) pesquisa sobre o endividamento do brasileiro em todas as regiões, exceto o Sudeste, onde o acompanhamento dos registros está suspenso desde outubro do ano passado. Devido à ausência do Sudeste, não foi calculado o índice nacional de inadimplência em 2015.
O motivo para o Sudeste ser excluído do levantamento é a entrada em vigor de uma lei estadual em São Paulo determinando que consumidores só tenham o nome negativado após assinarem um aviso de recebimento (AR) enviado pelos correios.
Segundo a confederação, que questiona a constitucionalidade da lei no Supremo Tribunal Federal, a determinação dificultou o cadastro de inadimplentes no estado. Por isso, a entidade interrompeu o acompanhamento de dados no Sudeste e deixou de calcular a inadimplência nacional.
De acordo com a CNDL, o Sudeste reúne 45% da população adulta inadimplente do país, o que equivale a 57 milhões de pessoas com idade entre 18 e 95 anos. Segundo a entidade, devido à representatividade da região, haveria distorção no cálculo da inadimplência nacional sem levar o Sudeste em conta.
A região com a segunda maior alta da inadimplência em 2015 foi o Centro-Oeste, que teve elevação de 6,24% em relação a 2014. Em terceiro lugar ficou o Sul, com alta de 5,1% e, em quarto, o Norte, com o menor crescimento da inadimplência, de 3,92%.
Na avaliação dos lojistas, o aumento do número de consumidores endividados em 2015 reflete as dificuldades da economia do país, com piora nos índices de emprego e avanço da inflação.
Apesar da alta da inadimplência nas quatro regiões ante 2014 houve recuo na comparação mensal. Segundo o SPC, entre novembro e dezembro de 2015 a região Sul apresentou queda de 1,78% no número de consumidores endividados. No Norte, a redução foi 1,1%. No Centro-Oeste, o número de consumidores com dívidas em atraso caiu 0,89% no último mês do ano e, no Nordeste, recuou 0,88%.
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