O ex-juiz Sergio Moro e o Movimento Brasil Livre (MBL) ainda tentam reverter a crise causada pelos áudios vazados do deputado estadual Arthur do Val (Podemos-SP), com conteúdo machista e sexista sobre mulheres ucranianas.
Mesmo com a retirada da pré-candidatura de Arthur 'Mamãe Falei' ao Governo de São Paulo, o MBL tenta por meio dos seus filiados ao Podemos, lançar ao menos três nomes para disputarem a Câmara dos Deputados e quatro para Assembleia Legislativa de São Paulo.
Com a situação de Arthur do Val, o MBL tenta emplacar em seu lugar o vereador Rubinho Nunes (Podemos-SP), enquanto a sigla defende o nome da presidente da sigla, a deputada federal Renata Abreu (SP).
Apesar de Moro ter repudiado as declarações do parlamentar, que disse que as mulheres na Ucrânia era "fáceis" por serem "pobres", afirmou que vai se manter ao lado do MBL por entender que o grupo irá "superar esse episódio negativo".
Para sustentar a candidatura de um nome do MBL ao Palácio dos Bandeirantes, o grupo menciona a carta-compromisso assinada na época da filiação em que o Podemos se comprometia a garantir legenda aos integrantes, "assegurando aos indicados pelo movimento, especialmente, vagas para disputa dos cargos" de governador, vice, senador e deputado federal e estadual.
Na terça, porém, enquanto Moro fazia postagem em rede social com a sugestão de Renata Abreu como candidata ao governo, Rubinho afirmou à reportagem que não sabia do arranjo proposto, mas evitou polemizar.
"Respeito a Renata. Dadas as circunstâncias, a gente está analisando os caminhos. O documento previa a indicação ao MBL, mas naturalmente podemos dialogar e construir um [outro] nome. Não vejo o nome da Renata de forma negativa", disse o vereador.
Nesta quarta-feira (9), porém, Rubinho afirmou que o tema deve ser objeto de conversa entre o MBL e o partido. Ele pretende usar a carta como argumento em favor de seu grupo.