Bahia

Após protesto, professores universitários não descartam possibilidade de greve

A categoria se reuniu em frente à Secretaria de Educação na manhã desta quarta (9) para reivindicar reajuste salarial e a reabertura de diálogo com os gestores públicos

Paulinho FP
Paulinho FP

Professores da Associações Docentes das Universidades Estaduais da Bahia realizaram, nesta quarta-feira (9), o ato “Aniversário da Enganação” em frente à Secretaria de Educação. A manifestação reivindica um reajuste salarial para a categoria e a reabertura de diálogo com os gestores públicos. Em conversa com a Salvador FM, a coordenadora do Fórum das Associações dos Docentes das Universidades Estaduais, Ronalda Barreto explicou sobre o assunto e não descartou possibilidade de greve.

“A grande arma do trabalhador é a greve. Nós estamos aqui tentando evitar que cheguemos a uma greve, mas ela está no horizonte sim, porque o trabalhador tem essa arma para negociar, principalmente com o governador que tem sido extremamente autoritário”, pontuou.

Ela explica que a negociação começou em 2019, em acordo assinado pelo governador Rui Costa. “Enquanto nós estávamos em greve, o governador assinou um acordo que estabelecia uma mesa de negociação permanente e esse acordo foi descumprido. Teve poucas reuniões e em 2020 suspendeu, alegando a pandemia, enquanto tudo está funcionando, inclusive pessoalmente e não tem negociação… além do mais as nossas perdas salariais que estão em 50%”, explicou a coordenadora.

O principal motivo do protesto é a perda salarial durante os últimos anos. “A nossa perda é de 50% e o governador ofereceu 4% e mais um aumento nominal e não em percentual, o que modifica o percentual de diferença das classes dos professores. Então, isso modifica o nosso estatuto do magistério de forma ilegal”, destacou Ronalda.

A coordenadora disse ainda que, em meio às complicações do acordo, a classe criou um personagem para governador. “O governador não cumpriu sua palavra de fazer a negociação dos nossos direitos, pelo contrário, tem atacado o nosso estatuto do magistério, nosso arrocho salarial é grande e nós criamos um personagem ‘Ruim Costa- O Rei do Arrocho’, porque esse governador é, na história, o que mais tem arrochado os nossos salários.

 

*Com informações do repórter Paulinho FP.