A gasolina comercializada pela Refinaria de Mataripe, a antiga Landulpho Alves (Rlam), em São Francisco do Conde, na Bahia, já é 24,57% mais cara do que na Petrobras.
A refinaria foi vendida ao fundo de investimento árabe, Mubdala, e segundo dados do Observatório Social da Petrobras (OSP), ente ligado à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), a diferença do diesel é ainda maior: 28,2%.
No último sábado (5), os combustíveis da refinaria tiveram o quinto reajuste do ano e hoje pratica valores acima dos que são encontrados no restante do Brasil. Na capital baiana, alguns postos já vendem gasolina a quase R$ 8.
A perspectiva, de acordo com o levantamento, é de que o preço da gasolina na Bahia ultrapasse o do Rio de Janeiro, que tem um dos maiores ICMS do país.
Devido aos aumentos, de acordo com o Estadão, a Bahia é o estado com menor defasagem em relação aos preços internacionais. No porto de Aratu, a defasagem do diesel e da gasolina hoje, 8, era de 16% e 11%, respectivamente. Já nos demais portos do País, a defasagem chega a 36% no caso do diesel e de 32% na gasolina.
“Chegamos a um momento em que a população deve decidir se seguiremos com a agenda privatista ou se manteremos os ativos estatais da Petrobras. Se o processo de privatização do parque de refino da companhia continuar, isso que está acontecendo na Bahia se ampliará para o restante do Brasil", afirma Eric Gil Dantas, economista do OSP e do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps)
Dantas explia que a o conflito na Ucrânia com a Rússia agravou o problema, mas que tanto gasolina quanto diesel já tinham sofrido o aumento após a privatização.