Atletas da Rússia e de Belarus não poderão mais participar da Paralimpíada de Inverno, em Pequim (China), que começa nesta sexta-feira (4). Um dia após liberá-los para competir sob bandeira neutra, o Comitê Paralímpico Internacional (IPC, sigla em inglês) voltou atrás na decisão e anunciou hoje (3) a exclusão deles do evento.
De acordo com o brasileiro Andrew Parsons, presidente do IPC, a entidade reviu a decisão de ontem (2) – autorizando a participação de russos e bielorrussos sob bandeira neutra – após descontentamento de atletas e Comitês Nacionais Paralímpicos (NPCs) ao redor do mundo.
A repercussão da invasão militar russa à Ucrânia, no último dia 24, vem provocando uma série de restrições globais à Rússia. A abertura dos Jogos de Inverno será as 8h55 (horário de Brasília) desta sexta (4), no estádio Ninho do Pássaro.
“Ontem dissemos que continuaríamos a ouvir, e é isso que estamos fazendo. Nas últimas 12 horas, um grande número de membros entrou em contato conosco e foi muito aberto, pelo que sou grato. Eles nos disseram que, se não reconsiderarmos nossa decisão, seria provável que houvesse graves consequências para os Jogos Paralímpicos de Inverno de Pequim 2022. Vários NPCs [Comitês Paralímpicos Nacionais], alguns dos quais foram contatados por seus governos, equipes e atletas, estão ameaçando não competir”, disse Parsons em nota oficial.
A Paralimpíada de Pequim reunirá cerca de 600 atletas de de 46 países até 13 de março, último dia de competição. O Brasil será representado por seis atletas, a maioria do esqui cross-country: Aline Rocha, Cristian Ribera, Guilherme Cruz Rocha, Robelson Moreira Lula e Wesley dos Santos. Já André Barbieri disputará provas do snowboard.