A bancada do PT no Senado emitiu uma nota pedindo o fim da "hostilidade" gerada pela crise entre Rússia e Ucrânia, mas também condenou a política praticada há muito tempo pelos Estados Unidos de "agressão" à nação governada por Vladmir Putin.
De acordo com a nota, a tensão é estimulada pelo avanço da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) "em direção às fronteiras russas", que mostram o caráter "imperialista" do governo norte-americano e aliados, que culminou na invasão da Rússia à Ucrânia.
"Essa política imperialista produziu o quadro geopolítico que explica o atual conflito na Ucrânia. Tal conflito, frise-se, é basicamente um conflito entre os EUA e a Rússia. Os EUA não aceitam uma Rússia forte e uma China que tende a superá-los economicamente", diz o texto assinado pelo senador Paulo Rocha (PT-PA), líder da bancada na Casa.
Por fim, o texto pede que ambas as partes sentem para negociar sob às regras do Acordo de Minsk, que foi um tratado assinado por Rússia e Ucrânia após a guerra na fronteira que resultou na tomada da Crimeia.
"O PT no Senado defende o imediato cessar das hostilidades e conclama a todas as partes envolvidas a que voltem à mesa de negociação, com
base nos acordos de Minsk", finaliza.
Bombardeios foram registrados na madrugada desta quinta-feira (24). A polícia da Ucrânia contabiliza ao menos 203 ataques, de acordo com informações da Reuteres. Em resposta, o presidente Volodymyr Zelenskiy distribuiu armas aos ucranianos
Putin diz que a ação militar visa proteger os separatistas no leste e ameaçou quem tentar interferir.
“Levará a consequências nunca antes experimentadas na história”, garantiu.
A ONU (Organização das Nações Unidas) pede um recuo e a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) afirma que a Rússia pagará um preço econômico e político muito alto. O presidente americano, Joe Biden, falou que o ataque é “injustificado” e que “o mundo vai exigir contas”.
O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) disse que o Brasil não concorda com a operação russa no leste da Ucrânia e que o país não ficará neutro em relação ao conflito.