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Em crise na pandemia, Lincoln teve que vender próprio carro para sobreviver

O cantor foi o convidado do 'Teupodcast de Verão', programa de Matheus Ramos em parceria com a rádio Salvador FM

Divulgação
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O Teupodcast de Verão desta terça-feira (15) contou a participação de Lincoln Senna. O cantor revelou que a pandemia impactou diretamente na sua produção como artista e que ele precisou, inclusive, vender o próprio carro. Lincoln foi o convidado de Matheus Ramos, em seu projeto em parceria com a Salvador FM.

Em conversa com sua esposa, Monique Paim, ainda no primeiro momento de pandemia, a ideia da venda do carro surgiu. “Está vindo algo aí que a gente não sabe como vai ser lá na frente. Bora vender?”, disse ela. O cantor, não exitou e respondeu: “Bora vender!”.

A venda do carro impactou diretamente com as suas composições, pois o cantor relatou que tinha boas ideias enquanto dirigia. “Depois de oito meses [sem o carro], eu vim entender um vazio que eu estava sentindo em uma diminuição de produção, porque os meus insights são no carro”, revelou.

Até o momento, o casal está sem carro, porém, Lincoln revelou que esse não é o único problema. Com a pandemia, toda a sua banda ficou desamparada e, diante da situação, alguns comentários acerca da situação dos artistas, o incomoda. “Eu percebi que é muito complicado as pessoas entenderem que é um trabalho e a imagem do artista, porque muitas vezes o artista, através de um processo de marketing mostra o colher disso tudo. Carro, casa… Dá a impressão de que essa empresa só se resume a essa figura e você tem roads, produtores, bailarinos, seguranças, garçons”, explicou.

Entretanto, Lincoln deixou claro que é favorável às restrições dos eventos, mas acredita na possibilidade de um acordo favorável à classe artística. “E eu sou a favor de que as coisas aconteçam quando, de fato, a vida seja salvaguardada. Eu estou falando sobretudo do carnaval. Eu sou a favor da vida. Sou um dos acometidos, sem sombra de dúvidas. Eu acho que a gente devia sentar, como classe com os gestores públicos e viabilizar formas de terem auxílios mais robustos para uma das classes que mais toma pancada, mas eu sou a favor da preservação da vida”.