Alvo de protestos nesta quinta-feira (10), o prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), negou a mudança de nome do dunas do Abaeté, em Itapuã, para "Monte Santo Deus Proverá".
Apesar do próprio material divulgado pela Prefeitura se referir ao local onde será feita a intervenção como "Monte Santo", o prefeito garantiu que em nenhuma hipótese será rebatizado.
"Isso está gerando muitos protetos, mas é fake news isso, é para poder mobilizar e enganar os outros, aí inventam histórias. Não é mudança de nome, pelo contrário, é uma preserveção dessa área", diz o prefeito.
O Parque Metropolitano Lagoas e Dunas do Abaeté é administrado pelo Governo da Bahia, por meio da Secretaria do Meio Ambiente. De acordo com Bruno Reis, as obras não vão impactar nas dunas e todo o projeto levou em consideração as leis ambientais do município.
A Prefeitura anunciou o início das obras de urbanização do espaço no Abaeté, em evento que contou com a presença de políticos evangélicos como os deputados federais Márcio Marinho (Republicanos), Alex Santana (PDT); estadual, José de Arimateia (Republicanos), o vereador e secretário de Infraestrutura, Luiz Carlos (Republicanos), e o vereador Isnard Araújo (Republicanos).
É de autoria de Isnard, inclusive, o Projeto de Lei N°411/2021, que determina a alteração do nome das Dunas do Abaeté para "Monte Santo Deus Proverá".
As dunas do Abaeté tem importante representatividade para candomblecistas e muitos terreiros fazem cultos no local. Nos últimos anos, contudo, cresceu também a presença de evangélicos e neopentecostais que peregrinam e dividem espaço com os povos de santo.
"Vai ter receptivo, espaço para ambientalistas atuarem, auditório, palestras diárias explicando a importância de preservaçação dessa área, banheiro para as pessoas, escadas ecológicas para não ter acidentes, completametne harmonizadas e compatibilizadas com leis que regulamentam a questão ambiental", garante Bruno Reis.
"O que a Prefeitura está fazendo é preservar esta área, que é da Prefeitura, tendo em vista o Parque do Abaeté, administrado pelo estado, está abandondo", completou.
Segundo Bruno, o projeto que tramita na CMS, portanto, não tem como prosperar e ser capaz de alterar o nome do local que é de responsabilidade do Governo da Bahia.