A não vacinação de dois dos três filhos do prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), serviu para abastecer as redes bolsonaristas nos últimos dias. Na sexta-feira (4), o gestor da capital disse que sua ex-esposa, médica, decidiu não imunizar as crianças.
A notícia foi compartilhada pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro. "Entenda: a esquerda não quer destruir as famílias, ela quer destruir a sua família; a esquerda não quer que todos se vacinem, ela quer que você obrigatoriamente se vacine", comentou.
Presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, Bia Kicis também compartilhou a informação. Nos comentários, diversas mensagens defendem a não vacinação das crianças. "Pois é Bruno; os outros pais, tb devem respeitar as mães e vice-versa, portanto, acabou a OBRIGAÇAO dessa palhaçada", escreveu uma internauta.
Perguntado se iria processar a ex-mulher para garantir a imunização dos filhos, Bruno Reis afastou a possibilidade.
Cofen defende – A vacinação infantil contra covid-19 é segura e deve ser intensificada para garantir o controle da doença no Brasil e uma volta às aulas mais segura. “Não se trata de política. O momento exige racionalidade. O Brasil deve seguir a direção orientada pela ciência e pela Anvisa. Sem perder mais tempo”, afirmam uníssonos os Conselhos de Enfermagem, em nota oficial divulgada em dezembro.
“Recomendamos aos pais que vacinem suas crianças, é um gesto de cuidado e proteção. A covid-19 já é a doença passível de prevenção por vacina que mais mata crianças no Brasil”, afirma a presidente do Cofen, Betânia Santos.