O deputado federal Marcelo Nilo (PSB) rebateu as críticas do senador Jaques Wagner, apontando certa agressividade do pré-candidato ao governo da Bahia. Segundo Nilo, as agressões verbais gratuitas contra ele, podem ser em razão das pesquisas eleitorais que apontam o petista perdendo para seu concorrente direto, o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM/União Brasil). Marcelo Nilo continua na base governista, mas desde janeiro vem provocando polêmica com suas declarações de uma possível ruptura com os petistas, ao afirmar que não será "step de ninguém".
“Em junho do ano passado conversei com Neto. O que tenho dito: se ele me convidar, vou ouvir minha família, amigos e vou tomar uma decisão. Conversei com ele [ACM Neto] três vezes e nunca fui convidado. Wagner foi pra rádio Sociedade e me chamou de deselegante”, explicou em entrevista ao programa Ligação Direta, da Salvador FM, desta segunda-feira (7).
Questionado se ainda há clima para continuar na base governista e caso não seja convidado por Neto, qual será seu destino político, Nilo afirmou que só sairá do grupo quando achar necessário. “Eu aprendi a subir na vida degrau por degrau. E se eu não for convidado, eu continuarei no partido. Se outro membro achar que tenho que sair, não é suficiente, só saio no dia que eu achar que tenho que sair. Eu disse que não tenho condições políticas de apoiar Jaques Wagner. Se eu ficar no PSB, posso ter minha carreira solo, é uma opção, acho realmente que não tem mais clima. Wagner vai e me agride gratuitamente, não é o Wagner que conheci. Ele está muito nervoso, talvez seja pelas pesquisas, ele anda muito agressivo”, complementou.
O coordenador da bancada baiana no Congresso, ainda alegou que os petistas só prestigiam o senador Otto Alencar (PSD) e o vice-governador João Leão (PP). “Eu sempre aprendi na vida que para sair de deputado para senador, você ajudar muito o estado. Eu entendo que eu mereço o direito de ter um novo espaço na minha vida política. Mas sei também que Jaques Wagner e Rui Costa, só prestigiam Otto [Alencar] e Leão [João Leão]. Rui Costa foi muito feliz quando disse ‘vamos começar a campanha em fevereiro, eu, Wagner, Otto e Leão. Esqueceram Bacelar do Podemos, Lídice da Mata do PSB, Isidório do Avante, Daniel do PCdoB, os companheiros, porque acham que tudo é Otto e Leão”, criticou.
Segundo ele, a atitude de sair da base aliada à Rui foi uma decisão para subir um degrau na carreira política. “Ou seja, quem quer crescer na política sabe que do lado de Wagner, as vagas são reservadas para PT, que não sede a cabeça para ninguém, Otto e Leão. E eu acho que quero subir na vida, e vai depender muito do futuro, mas pela minha história, eu acho que mereço subir mais um degrau na vida”, finalizou.