Justiça

Corregedor diz que função do órgão não é só punir: 'Ótica vesga'

A extensão da Bahia, que conta com 417 municípios, exige do corregedor uma maior atenção e empenho para conseguir atuar sem negligenciar nenhuma região do estado

Vagner Souza/Salvador FM
Vagner Souza/Salvador FM

O desembargador Jatahy Fonseca Júnior, Corregedoria das Comarcas do Interior da Bahia, diz que a função principal do órgão não é de punir, mas de orientar os magistrados.

"Acho que é uma ótica vesga da Corregedoria", disse o desembargador, ao se referir sobre os que pensam somente na lógica "punitiva".

"A função primordial é a orientação, isso que nós vamos implementar. Já nos cercamos de bons juízes, auxiliares, bons servidores, e vamos dar prioridade a isso. Sempre foi um órgão que tem como prioridade a orientação dos magistrados e servidores. Essa é uma segunda função, a punitiva, que a esperança é que seja a exceção da exceção", declarou ao Portal Salvador FM, em cerimônia de posse da mesa diretora do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA).

A extensão da Bahia, que conta com 417 municípios, exige do corregedor uma maior atenção e empenho para conseguir atuar sem negligenciar nenhuma região do estado. Apesar da experiência, o magistrado admitiu que este é um dos seus maiores desafios.

"Tenho 35 anos de magistrado. Ocupei vários cargos importantes na magistratura, mas certamente é o maior dos desafios que pude enfrentar. Espero em Deus que vá bem, como fiz em outros cargos. A Bahia tem dimensão continental, é um estado-membro maior que a França, isso aumenta a minha responsabilidade", garantiu.