O desembargador Nilson Castelo Branco assumiu nesta sexta-feira (4) a presidência do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), em cerimônia solene realizada na manhã de hoje. Na posse, Castelo Branco afirmou que seu propósito é reestabelecer a imagem do tribunal que foi manchada pela Operação Faroeste desde 2019.
"O propósito [da sua entrada] é resgatar a credibilidade desse tribunal, cuja imagem restou avariada no ano de 2019, pela Operação Faroeste. Prezo aos céus que jamais, em tempo algum, recaia a desilusão de que os melhores perdem a esperança e os piores perdem o temor. Embora ainda abalado por essa tragédia moral [a operação], pouco a pouco vai se reestabelecendo o respeito", afirmou Castelo Branco em sua posse.
De acordo com atual presidente, o judiciário também precisa de uma melhora na estrutura logística, para que ele possa oferecer uma prestação jurisdicional mais segura e rápida. O novo gestor também afirmou que a Operação Faroeste ajudou ele a definir como um dos pontos principai, mais transparência em todos casos do TJ-BA.
"Resgatar a imagem do nosso tibunal é essencial. [A operação faroeste] Foi uma questão isolada, pontual. Como pode pode ocorrer em qualquer instituição. A recuperação nossa é tornar o judiciário cada vez mais transparente, aberto e dialógico", disse o presidente.
Operação Faroeste
A operação deflagrada em 2019 apura a atuação de uma suposta organização criminosa composta por advogados e servidores do TJBA que fariam a intermediação na venda de decisões judiciais por desembargadores e juízes para favorecer a grilagem de terras no Oeste da Bahia.