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Léo Santana volta a criticar redução de público em eventos

Os eventos ‘Baile da Santinha’ e ‘Ensaio de Verão’, ambos do cantor, precisaram ser cancelados

Eder Mota
Eder Mota

O cantor Leo Santana voltou a criticar o decreto de Rui Costa, que consiste na redução do número de pessoas nos eventos. Afetado diretamente, o GG se mostrou indignado em seu Instagram.

“Qualquer questionamento feito sobre os decretos, o peso cai nos artistas, como se eles alimentassem do próprio ego, como se seu trabalho só alimentasse seus luxos diários e não as também milhões de famílias que se sustentam direta e indiretamente do seu trabalho. Egoísmo é não entender o apelo daqueles que deram a mão a população quando os (alguns) políticos pareciam lutar contra”, disse o cantor.

Depois de ter que cancelar o 'Baile da Santinha' porque o decreto diminuiu de 5 mil para 3 mil pessoas, o cantor viu como saída criar o 'Ensaio de Verão', que também foi cancelado pois o decreto alterou de 3 mil para 1.500 pessoas, uma semana depois.

 

Leia o desabafo completo:

O setor de evento foi um dos que mais sofreu impacto durante a pandemia. Até a retomada de suas atividades, sobreviveu como pôde, a trancos e barrancos, se reinventou e ainda por cima se solidarizou fazendo lives e arrecadando milhões de toneladas de alimentos, equipamentos médicos e qualquer outra coisa que virou necessidade para a população decorrente ao caos mundial que se alastrava.

Hoje, mesmo com as medidas, com a eficiência da vacina sobre o número de óbitos (vale lembrar que a cada 100 pessoas internadas pelo covid, 95 são pessoas que não tomaram a vacina), ainda assim o peso da culpa sobrecai sobre o nosso setor, mesmo com tudo funcionando, estádios, bares, transporte, praias.. o peso ainda é dos eventos.

O país vira as costas para os que incansavelmente dispuseram dos seus ofícios para ajudar para entreter nos momentos difíceis e transformaram o cansaço físico e psicológico de ficarmos presos em casa em um momento de alegria e refúgio da realidade. E agora, qualquer questionamento feito sobre os decretos, o peso cai nos artistas, como se eles alimentassem do próprio ego, como se seu trabalho só alimentasse seus luxos diários e não as também milhões de famílias que se sustentam direta e indiretamente do seu trabalho. Egoísmo é não entender o apelo daqueles que deram a mão a população quando os (alguns) políticos pareciam lutar contra.

Acredito que medidas devam existir mas que as mesmas precisam olhar para o setor com mais apreço, empatia e gratidão e não com desprezo e desmerecimento, sem marginalizar uma área que movimenta bilhões. E a população que não exime forças para desmerecer e comemorar pela derrota a cada decreto que o setor de evento tem, sugiro que usem dessa energia para questionar os que se negam a tomar vacina. Esses sim nunca fizeram nada por vocês e trazem o retrocesso que passamos.