O apoio do PSOL à candidatura de Lula (PT) ao lado de Geraldo Alckmin à Presidência da República depende muito do programa de governo que será proposto pelo petista.
O partido de esquerda não esconde seu descontentamento com a possibilidade de o ex-tucano fazer parte da aliança, posição já expressada por sua liderança de maior visibilidade eleitoral, o líder sem-teto Guilherme Boulos. As informações são da Folha de S.Paulo.
No entanto, lideranças da legenda, afirmam que a presença de Alckmin não significará automaticamente a recusa do PSOL em aliar-se a Lula. Mais importante, dizem, são as propostas em jogo.
O partido deve começar em fevereiro a discutir um programa com pontos esquerdistas para apresentar ao PT caso o apoio seja confirmado. Pontos como revogação de teto de gastos, forte agenda ambiental e revisão de reformas feitas nos governos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL) devem fazer parte dos pedidos.
Caso os pontos sejam incorporados ao programa de governo, o PSOL está disposto a tolerar a presença do ex-PSDB como neoaliado.