Política

Vereadores de Camaçari cobram apoio de deputados e senadores contra extinção de 30 mil empregos

No encontro de hoje, Otto Alencar afirmou que é contra a revogação e que está se movimentando neste sentido no Senado, colocando-se à disposição para ajudar no que for preciso. Ele parabenizou Júnior Borges pela atuação à frente do REIQ, revogado de surpresa pelo presidente Jair Bolsonaro (PL)

Thiago Canuto/Divulgação
Thiago Canuto/Divulgação

A Bahia pode perder até 30 mil empregos caso não seja revertida a decisão do governo federal de acabar com o incentivo tributário chamado Regime Especial da Indústria Química (REIQ). Por conta disso, a Câmara de Vereadores de Camaçari, presidida por Júnior Borges (DEM), cobra dos deputados e senadores da bancada da Bahia atuação para reverter o quadro. O município da Região Metropolitana de Salvador (RMS) será o principal prejudicado caso o incentivo não seja retomado.  

Na manhã de hoje (18), houve uma reunião de Júnior Borges com o senador Otto Alencar (PSD), que contou ainda com a presença do presidente da Câmara de Vereadores de Salvador, Geraldo Júnior (MDB). Antes, o vereador de Camaçari já havia se encontrado com o deputado federal Cláudio Cajado (PP). Graças a uma mobilização como essa, o REIQ foi mantido em 2019, quando o governo federal tentou extinguir o incentivo. Entretanto, uma Medida Provisória publicada no final de dezembro do ano passado suspendeu o benefício.   

"Estamos novamente mobilizando forças políticas suprapartidárias para lutar pelo retorno do regime, através da convocação de deputados e senadores que representam a Bahia e precisam lutar conosco em defesa dessa causa, em defesa dos empregos em Camaçari e no estado. Essa é uma prioridade absoluta, que interessa não só a nossa cidade, mas a toda Bahia", disse Júnior Borges. 

No encontro de hoje, Otto Alencar afirmou que é contra a revogação e que está se movimentando neste sentido no Senado, colocando-se à disposição para ajudar no que for preciso. Ele parabenizou Júnior Borges pela atuação à frente do REIQ, revogado de surpresa pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).  

“Não vamos permitir isso neste momento em que o Brasil precisa garantir empregos. Este setor é fundamental para o desenvolvimento econômico e também para a expansão da ciência, da pesquisa e da tecnologia. É muito importante que o Brasil possa, como país em desenvolvimento, manter essa possibilidade de melhoria das suas plantas industriais e dos investimentos para melhorar a tecnologia do setor químico e petroquímico”, disse Otto, que adiantou que já fez contato com senadores de outros estados para impedir o fim do REIQ.

Também participaram do encontro com Otto os vereadores de Camaçari Dilson Magalhães e Gilvan Souza, ambos do PSDB. Eles lembraram que Camaçari perdeu recentemente a Ford, o que provocou um impacto grande na economia local e regional.