Uma nova cepa do coronavírus nomeada de “Deltacron”, que combinaria material genético tanto da variante delta como da Ômicron, foi anunciada por cientistas do Chipre no último fim de semana. No entanto, diversos especialistas em saúde começam a duvidar desta mutação e afirmam que provavelmente trata-se de um erro de processamento de laboratório.
Especialista em Covid-19 da Organização Mundial da Saúde (OMS), a doutora Krutika Kuppalli postou, em seu Twitter, que há chance de ter ocorrido uma “contaminação de laboratório de fragmentos de Ômicron e Delta”.
A dúvida foi compartilhada pelo virologista Tom Peacock, do Imperial College London, também na rede social. Segundo o médico, “as sequências deltacron relatadas por vários meios de comunicação parecem ser claramente contaminação”.
De acordo com a revista americana Newsweek, a diretora de genomas virais da Universidade da Louisiana, Krista Queen, afirmou que a provável fonte do erro pode ser rastreada pelo sequenciamento genético utilizado para identificar as amostras de Covid que a equipe do Chipre coletou.
Já Jeremy Kamil, professor de microbiologia e imunologia também da Universidade da Lousiana, diz que a deltacron é “100% um erro”.
A descoberta da deltacron foi anunciada pelo professor de biologia da Universidade do Chipre, Leondios Kostrikis. De acordo com a CNBC, Kostrikis anunciou ter encontrado 25 casos de mutação do que seria uma nova variante do coronavírus.