Ao menos 40 parlamentares devem deixar o Partido Liberal em 2022 com a filiação do presidente da República, Jair Bolsonaro. O número deverá ser maior, considerando legendas sem ligação direta com o passado recente ou a atual filiação do presidente. A troca vai acontecer na janela partidária que ocorre entre 3 de março e 1º de abril – período em que deputados federais ou estaduais podem trocar de sigla sem serem punidos por infidelidade.
O PL, atualmente com 43 deputados, é a maior bancada do Centrão e a terceira maior da Câmara. A expectativa é que o partido receba em torno de 20 deputados bolsonaristas que ainda estão no PSL — ultrapassando, assim, o PT (53 deputados) e, eventualmente, até mesmo o futuro União Brasil, que surgirá da fusão entre o PSL (55 deputados antes da debandada bolsonarista) e o DEM (27).
Na lista dos que desembarcam estão: o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (AM), e Cristiano Vale (PA); Cristiano Vale, que está rumo ao PP, é aliado do governador do Pará, Hélder Barbalho (MDB), opositor de Bolsonaro; Júnior Mano (CE), aliado do ex-governador cearense Cid Gomes (PDT), e de Fabio Abreu (PI), ex-secretário do governador Wellington Dias (PT). Edio Lopes (RR) e Fernando Rodolfo (PE) podem aumentar a barca.
Além disso, com a fusão PSL/DEM, parlamentares mais ligados ao presidente deixarão o partido para segui-lo no PL.