Existem dúvidas sobre como a aprovação da vacina contra a dengue desenvolvida pela Sanofi Aventis afetará o desenvolvimento da vacina contra a doença do Instituto Butantã. O problema é que o desenho aprovado em São Paulo previa que um grupo dos voluntários nos testes usaria placebo, uma substância inócua.
Tal estratégia é praxe quando não há alternativas mais eficazes para prevenção. A dúvida, no entanto, é se tal desenho é ético quando há outros produtos com eficácia comprovada no mercado. Além disso, a expectativa é de que ficará mais difícil para recrutar voluntários interessados em fazer a pesquisa.
Questionado, o Butantã afirmou que não haverá nenhuma mudança no planejamento. A vacina paulista, já na última fase de testes clínicos, deverá levar pelo menos mais um ano para ser aprovada, de acordo com o diretor substituto do instituto, Marcelo De Franco.
Franco disse ainda que a fase 3 dos testes clínicos já começou e o instituto está montando a estrutura dos centros que farão a captação de 17 mil voluntários em cinco cidades. Todas as doses que serão usadas estão preparadas.
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