Política

Com “cultura LGBT”, Plano Municipal de Cultura é aprovado na CMS

A bancada evangélica da Casa manteve seu voto contrário em relação a introdução do termo no documento

Reprodução/Youtube
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Após polêmicas sobre a inserção da cultura LGBTQIA+, o Plano Municipal de Cultura de Salvador foi aprovado nesta quarta-feira (15) na Câmara Municipal. A bancada evangélica da Casa manteve seu voto contrário em à relação a introdução do termo no documento. No entanto, por acordo, o termo foi inserido. A "cultura gospel" também passou a constar no texto final.

O vereador Isnard Araújo (PL) afirmou que a Casa está abrindo precedente "perigoso" ao considerar a cultura LGBTQIA+. "Se apoiarmos com as nossas digitais se orientação sexual é cultura, estamos abrindo precedente a aquelas exposições, peças e eventos em que foram apresentados de erotização de jovens e adolescentes vai se tornar cultura", afirmou.

Alexandre Aleluia (DEM) disse que não aceita cultura LGBTQIA+ e racial. "O Brasil já foi dividido tanto. E agora estão dividindo até vacinados. É um ataque à nossa liberdade".

A vereadora Laina Crisóstomo (PSOL) chegou a discutir em meio ao plenário, ao reagir às falas de Aleluia. "Não é opção, nem escolha, é orientação". 

 "Graças a Deus não entro para a história como um vereador que formalizou a cultura LGBT", disse Anderson Ninho (PDT).

Em defesa da matéria, o edil Cláudio Tinoco (DEM) agradeceu a aprovação. "Esse plano é muito maior do que nossas convicções pessoais e religiosas. Aqui em Salvador tem pessoas de todas as crenças e todas as raças. Quero agradecer a Deus de oferecer a Salvador um plano de cultura que representa a pluralidade do nosso povo", defendeu.

O plano municipal foi encaminhado à Câmara em junho deste ano. A demora na votação foi critica pelo relator da matéria, vereador Silvio Humberto (PSB). 

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