Durante a sessão de ontem, o vice-líder da oposição no Congresso Nacional, o deputado federal Afonso Florence (PT-BA) denunciou o boicote que os deputados e senadores da base do governo Bolsonaro fizeram ao derrubar duas sessões do Congresso, nos dias 10 (sexta-feira), e 13 (segunda-feira).
Na sexta-feira, os parlamentares iriam apreciar os vetos de Bolsonaro. Neste dia, Florence tinha obtido acordo com o líder do governo, o senador Eduardo Gomes (MDB-TO), para derrubar o veto da lei da dignidade menstrual. Um projeto de lei de autoria da deputada Marília Arraes (PT-PE), com apoio da bancada do PT, para garantir a distribuição de absorventes para mulheres pobres.
Outro importante projeto de lei que teria análise de veto seria a lei Assis Carvalho. “A lei passou por consenso no Senado, e mais uma vez, o presidente Bolsonaro vetou. No momento que nós estamos vendo que não tem crédito agrícola, o PRONAF não está rodando por falta de cobertura da equalização da taxa de juros, houve uma dolarização da economia, os insumos na produção agrícolas, máquinas com preços proibitivos. A energia rural com a tarifa verde perdeu seus subsídios, o governo Bolsonaro derrubou subsídio da tarifa rural e há uma carestia de alimentos”, acrescentou Florence.
Segundo o vice-líder da oposição, Afonso Florence, foi chamada uma nova sessão na segunda-feira para aprovar o PLN 42, que garante os recursos do vale gás, projeto liderado pelo deputado Carlos Zarattini (PT-SP), subscritos pela Bancada do PT, mas a base do governo jogou para não acontecer a sessão. “Quero fazer esse apelo para que base Bolsonaro se sensibilize com as necessidades e carências do povo brasileiro. Deputados e senadores, venham votar no PLN 42, garantir o vale gás, venham derrubar o veto à lei Assis Carvalho, venham garantir a derrubada do veto ao PL da Dignidade Menstrual. Venham trabalhar”, finalizou.