O Carnaval é uma das épocas do ano que mais gera oportunidade de emprego e fonte de renda em Salvador. E a não realização do evento impacta diretamente no setor. De acordo com o superintendente de Desenvolvimento do Trabalho da Bahia, Marcelo Gavião, sem a festa momesca, Salvador deixa de gerar duas mil vagas de emprego.
“Só a unidade central do SineBahia de Salvador empregou diretamente 2 mil pessoas para vagas de emprego temporário no carnaval e se eu for fazer uma comparação com os dados do CAGED [Cadastro Geral de Empregados e Desempregados], o SineBahia representa aproximadamente 7% das vagas. É um número significativo”, relatou ao Portal Salvador FM.
“O principal volume de vagas temporárias, no caso de uma cidade como Salvador está vinculado às festas de final de ano e ao carnaval, que infelizmente, por conta da economia, não vai ter”, explicou o superintendente.
Apesar do impacto causado na geração de emprego, Gavião acredita que a não realização do carnaval é uma medida extremamente válida. “Ela é absolutamente correta, só que o carnaval não pode ser visto apenas sob a lógica da festa. O carnaval é um instrumento importante em geração de emprego e renda. Não é para geração de emprego e renda para fazer o grande empresário ganhar, são de famílias que compõem o seu orçamento anual a partir dos ganhos intensos do carnaval é significativo”, enfatizou.
Contudo, ele defende a realização da festa apenas quando a pandemia acabar. “Eu torço muito para que a gente possa controlar a pandemia e apenas com segurança, a gente possa voltar a protagonizar um grande carnaval, que gera oportunidade de renda para um número muito grande de famílias”, disse.