Uma operação da Polícia Federal em parceria com a Controladoria-Geral da União e da Receita Federal, teve como um dos alvos a Diretoria de Assistência à Saúde da Secretaria de Saúde de Salvador, provocando um debate entre defensores de ACM Neto (DEM) e de Rui Costa (PT) sobre processos na área da Saúde ainda em curso. Os deputados Alan Sanches e Tiago Correia, da base aliada ao prefeito Bruno Reis, rebatem acusações feitas pelo deputado petista, Jacó.
As investigações da operação deflagrada na última quinta-feira (9) foram iniciadas em março de 2019, e, segundo a PF, revelaram fortes indícios de fraude no procedimento licitatório que culminou na contratação da Organização, bem como na execução do contrato, superfaturado em cerca de 4,5 milhões de reais. Apurou-se que a licitação aberta em 2016 foi especialmente direcionada para que a Ordem de serviço investigada fosse contratada.. A OS alvo da operação é o Instituto de Gestão e Humanização (IGH), responsável pela UPA que fica no bairro de Pirajá, em Salvador.
O deputado estadual Alan Sanches (DEM), em manifestação nesta sexta-feira (10), manda um recado para o deputado Jacó: “quem tem telhado de vidro não atira pedra no do vizinho e não sai falando sem pensar, ainda mais quando residências de correligionários já foram visitadas pela Polícia Federal e eles respondem inquéritos até hoje”.
Alan Sanches se refere a postura, a qual considera bem “indigna para com seus eleitores”, do governador Rui Costa (PT) e seus correligionários.
“Rui, presidente do Consórcio Nordeste, na época em que foi comprado os 300 respiradores, pagos com os nossos R$ 50 milhões, continua alheio ao processo e até hoje, como chefe de um estado, permanece sem dar qualquer tipo de resposta para onde foram parar os recursos, tão necessários para população nesse período pandêmico”, disse, afirmando que, neste mesmo inquérito questionados pelos integrantes do PT, na página 87, existe a informação que foram pagos pelo Governo do Estado da Bahia quase R$ 500 milhões do Fundo de Saúde em 2017 e 2018 para esse mesmo instituto, o Instituto de Gestão e Humanização (IGH).
O democrata ressaltou ainda que estão questionando, dentre outras coisas, a sonegação por parte da empresa: “questionamento parecido já houve na gestão do governo Jaques Wagner (PT) em relação a uma fundação sem fins lucrativos, que cobrava da administração todos os impostos, sendo que eram filantrópicos e não pagavam alguns desses tributos”, relembrou.
Alan alfinetou o colega, afirmando que Jacó “precisa tomar muito cuidado com o que fala”.
“Pois, foi a casa de alguns petistas que já foram visitadas pela Polícia Federal e que respondem inquérito até hoje. Portanto, entendo o desespero do parlamentar do PT com as pesquisas que colocam a vitória do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM) no primeiro turno para o governo da Bahia, mas precisamos aguardar as apurações com serenidade para termos um posicionamento maduro e imparcial. Tenho certeza que havendo qualquer questionamentos com relação a lisura de qualquer processo tudo será bem esclarecido”, reiterou.
Ele destaca que o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), “nada tem a temer, pois sempre agiu com exatidão durante toda sua gestão, inclusive, excluindo do quadro da prefeitura a empresa envolvida na primeira fase da operação de forma imediata”, defendeu