Alguns dos principais presidente de partidos brasileiros atualizaram os diagnósticos eleitorais nas últimas semanas e avaliam que o ex-juiz Sérgio Moro (Podemos) tem grandes chances de ultrapassar o presidente da República Jair Bolsonaro (PL) nas pesquisas de intenção de voto dos próximos meses.
Os contrastes entre os movimentos dos dois têm chamado a atenção das lideranças: o ex-juiz cresce ao participar de eventos públicos e firmar-se como candidato, enquanto o presidente derrete em meio à crise econômica e social.
Para essas lideranças, a troca de posições já tem prazo para acontecer: Moro estará à frente de Bolsonaro antes de fevereiro de 2022.
Eles dizem, em caráter reservado, que têm ouvido ponderações de parlamentares bolsonaristas em relação ao que fazer caso o cenário se confirme, ou seja, se pulam do barco ou seguem com o presidente até o fim.
Bolsonaro tem dado sinais claros de que se vê afetado pelo crescimento de Moro. No ato de filiação ao PL, Flávio Bolsonaro (RJ) se referiu a ele como traidor. Nesta quinta (2), o presidente o chamou de palhaço e sem caráter.