Esporte

Afeto em público será proibido para grupos LGBTQIA+ na Copa do Catar

Segundo declaração do organizador, a decisão foi tomada “em respeito à cultura”

Divulgação
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Nasser Al-Khater , representante do Comitê Organizador da Copa do Mundo de Catar, que será realizada 2022, disse que os integrantes da comunidade LGBTQIA+ serão proibidos de demonstrar afeto em público no país. Segundo ele, a decisão foi tomada em “respeito a sua cultura”. Entre as proibições estão dar a mão, beijar ou abraçar em público. As informações são do jornal argentino Olé. 

"As demonstrações públicas de afeto estão mal vistas e isso se aplica a todos. Catar e os países vizinhos são muito mais conservadores e pedimos que os fãs respeitem. Estamos seguros de que farão. Assim como respeitamos as diferentes culturas, esperamos que a nossa também seja", afirmou Al-Khater. 

A homossexualidade no país é caso polícia, podendo punir quem infringir a lei com mais de cinco anos de prisão e, se for muçulmano, pode até mesmo ser executado.

O organizador comentou também o caso do jogador australiano Josh Cavallo, primeiro a se declarar abertamente gay, que confessou ter medo de ir ao Catar, em razão da pena de morte. "Damos a ele as boas-vindas e o convidamos a conhecer o Catar antes do Mundial. Creio que esta percepção de perigo se deva às múltiplas acusações e notícias, que dão um panorama negativo ao país", disse.

A Copa do Mundo do Catar está prevista para acontecer em 2022, entre os dias 21 de novembro e 18 de dezembro.