Política

Marta repudia intimação de professora pela polícia: 'Escola deve ser máquina de fazer democracia'

Autora do projeto de lei Escola Livre da Mordaça, que garante a liberdade de expressão dos professores em sala de aula,  a petista saiu em defesa da professora

Divulgação
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Líder da oposição na Câmara de Salvador, a vereadora Marta Rodrigues (PT) repudiou, nesta sexta-feira (19), a intimação feita pela polícia a uma professora do Colégio Estadual Thales de Azevedo para depor sob acusação de "doutrina esquerdista e feminista". A edil, que é presidente da Comissão de Direitos Humanos e de Defesa da Democracia do legislativo municipal, informou que irá reunir o colegiado para discutir o fato, considerado por ela como absurdo e inaceitável. 

"Essa circunstância fere gravemente a liberdade de expressão e o direito de cátedra, princípios garantidos na Constituição Federal. É um absurdo que estejamos vivendo essa situação no Brasil e principalmente em Salvador e na Bahia, onde sempre pautamos a democracia e a liberdade de ensino como primordiais. Como dizia o educador Anísio Teixeira a escola deve ser a máquina de fazer democracia", disse. 

Autora do projeto de lei Escola Livre da Mordaça, que garante a liberdade de expressão dos professores em sala de aula,  a petista saiu em defesa da professora e afirmou que  "uma educação de qualidade perpassa pela valorização do professor, o  que inclui a defesa de uma docência livre e crítica comprometida socialmente tal como defendia o patrono da educação Paulo Freire". 

Marta disse esperar que o fato seja apurado.   "Isso é uma grave coação. É inacreditável que uma professora, trabalhadora brasileira, seja obrigada a ir numa delegacia para depor sobre o próprio ofício como se fosse um crime.  Os professores e professoras são fundamentais para que os alunos aprendam a ler também o mundo. A censura e a mordaça ficaram no passado e não cabem mais em nossa democracia", pontuou.