Uma pesquisa realizada pela Universidade Johns Hopkins sobre o trânsito de Salvador ganha uma nova fase a partir desta terça-feira (16). Dessa vez, vai ser estudado o comportamento dos pedestres. Para isso, os pesquisadores estarão na Avenida Afrânio Peixoto (Suburbana), uma das mais movimentadas da capital baiana. O estudo não visa fiscalizar possíveis infrações ou gerar notificações.
Na oportunidade, eles devem recolher dados em seis pontos da via. A pesquisa consiste em analisar e, possivelmente, alterar o tempo dos semáforos destas localidades para entender os efeitos disso na travessia de quem transita pela região. Os pesquisadores estarão devidamente identificados e, desta vez, devem usar um cronômetro para contabilizar o tempo da travessia.
“Este é mais uma iniciativa com foco na melhoria da segurança dos pedestres, os mais vulneráveis nos sinistros de trânsito por não terem nenhum tipo de proteção ao receber um impacto de um veículo. E a Avenida Afrânio Peixoto, uma das vias mais longas e movimentadas de Salvador, com muitas travessias de pedestres, servirá de parâmetro de estudo para toda a cidade”, explica Fernando Pinto Coelho, coordenador da Iniciativa Bloomberg de Segurança Viária Global.
O estudo é realizado no Brasil pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e integra a BIGRS, entidade parceira da Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador). A primeira fase do levantamento foi realizada no final de 2020. Esta nova etapa deve durar até o fim deste ano.
Além de Salvador, a pesquisa está sendo realizada em outras capitais do nordeste, como Recife e já foi concluída em Fortaleza, o estudo visa promover a segurança viária e reduzir o número de vítimas de acidentes de trânsito nestes locais.
