O governador Rui Costa (PT) confirmou não haver previsão para a concessão de aumento linear para o funcionalismo do estado em 2016. Segundo ele, o motivo é a crise econômica. "Atendi os principais sindicatos em dezembro e a todos fui muito sincero: não tem previsão de reajuste no orçamento (2016)", disse ele, durante o "café da manhã" com jornalistas realizado nesta segunda-feira, 21, no Palácio Rio Branco, em Ondina.
"O reajuste de 2015 custou R$ 500 milhões, mesmo pago em duas vezes. Mesmo ruim, mesmo dividido custou R$ 500 milhões para o cidadão que paga tributo", lembrou o petista, calculando que um reajuste linear em 2016, com base na inflação, "não custaria menos do que R$ 700 milhões".
Ele explicou que, mesmo sem conceder reajuste, a folha de pagamentos do estado – que tem cerca de 267 mil servidores entre ativos e inativos – deve crescer entre 2% a 3%.
"Primeiro porque tem o anuênio. Só com o anuênio, a cada ano, chova ou faça sol, é 1% a mais (na folha). Professor, além do anuênio, tem o quinquênio. Por ano, recebe 5% (do salário) de anuênio; quando completa cinco anos, recebe mais 5%. Mesmo que não faça nada, recebe 10%. Ou seja, a folha tem um crescimento vegetativo muito grande, com as progressões de carreira, etc. Quer dizer, a folha vai crescer uns R$ 300 milhões mesmo que não conceda aumento em 2016", informou.
Apesar de tudo, Rui tem esperança que o próximo ano será melhor que 2015. Ele confia que o governo federal consiga aprovar a CPMF e outros pontos do ajuste econômico no Congresso Nacional, o que melhoraria o cenário, na visão do governador.
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