Bahia

“Não queremos um pré-anúncio de morte em massa”, afirma presidente do Conselho de Saúde

Marcos Antônio Almeida Sampaio afirma ainda que caso haja a confirmação do evento de rua, sem as condições sanitárias necessárias, o Conselho Estadual de Saúde, unirá esforços para derrubar a decisão

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O presidente do Conselho Estadual da Saúde, Marcos Antônio Almeida Sampaio, afirmou, neste sábado (13), que o órgão não se posiciona nem contra, nem a favor da realização do Carnaval, mas sim pontua critérios técnicos para não ocorrer um “pré-anúncio de morte em massa”. Ao LDNotícias, Marcos alega que o Conselho está aberto a discutir com os órgãos competentes um plano estratégico que garanta a segurança do evento, ao invés de datas.

“A posição do conselho não é nem contra e nem a favor. Nos posicionamos com critérios técnicos que devem ser considerados para a realização do Carnaval. Quem deve determinar a data, como alguns estão ansiosos, são os indicadores. Antes da discussão da data, precisamos discutir os critérios sanitários. O que não queremos é um pré-anúncio de morte em massa. Ao invés de discutir datas, topamos discutir com o Conselho do Carnaval e com os órgãos competentes, um plano estratégico seguro. Temos que pensar que o Carnaval da Bahia é um patrimônio mundial”, afirmou Sampaio.

Segundo ele, o Carnaval, se não com todos os indicadores favoráveis da Covid-19, se tornará um disseminador de contaminação e de novas variantes. “Não podemos ter uma festa com risco de aumentar o número de contaminados e desenvolver novas variantes. Os indicadores da Bahia não descem, estão estabilizados, e há 15 dias não se tem previsão para queda desses números”.

O presidente do CES, ainda considera a exigência do passaporte da vacina como um ponto necessário nesta decisão. O Conselho indica, então, que a festa aconteça apenas com 80% ou mais da população com o ciclo vacinal completo.

“Ainda não é exigido o passaporte da vacina em hotéis, ou para turistas que adentram o país ou o estado. Temos um número baixo de pessoas que ainda estão completando o ciclo. Mas nossa indicação é que o Carnaval aconteça apenas se 80% ou mais da população estiver com todo o ciclo vacinal completo. Temos um plano estratégico e deve ser levado em consideração um plano sanitário seguro, com inclusive testagem em massa, que não temos no momento, e não temos segurança para que haja um Carnaval seguro”, disse.

Marcos finaliza afirmando que caso haja a confirmação do evento de rua, sem as condições sanitárias necessárias, o Conselho Estadual de Saúde, unirá esforços para derrubar a decisão. “O conselho é deliberativo, e não vamos hesitar em afirmar que se não houver um ambiente sanitário seguro, iremos buscar as instâncias necessárias para a não realização do evento. Se fosse hoje, seríamos contra”.