Política

Vereadores de Salvador rebatem Rui após crítica às recomendações da Câmara para realização do Carnaval

O governador afirmou nesta quarta-feira (10) que não vai aceitar “ultimato de ninguém”

Divulgação ASCOM / Divulgação
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O vereador Daniel Alves (PSDB) e o vereador e presidente da Comissão Especial de Retomada dos Eventos de Salvador, Cláudio Tinoco (DEM), rebateram as críticas feitas pelo governador Rui Costa (PT) às onze recomendações encaminhadas pela Comissão acerca da realização do Carnaval em 2022 na capital baiana. O governador afirmou durante evento nesta quarta-feira (10) que não vai aceitar “ultimato de ninguém”, e que não irá anunciar a realização do Carnaval em novembro.

“O ex-vereador da capital e hoje governador da Bahia mostra mais uma vez sua essência autoritária ao desqualificar a Câmara Municipal de Salvador. Nossa recomendação está lastreada na técnica, na análise responsável dos indicadores oficiais da pandemia, na transparência, na participação da sociedade, na razoabilidade e na impessoalidade”, declarou Tinoco.

Já o tucano Daniel Alves, ressaltou que Salvador aparece com 98% do público-alvo vacinado contra a Covid-19 e questionou ainda ao petista: “O tempo do coronelismo não tinha acabado?”. 

“O governador precisa respeitar a Câmara Municipal. Assim como ele foi votado pelo povo, os vereadores também. A Câmara apenas recomendou a ele e ao prefeito. Uma sugestão, pois a cidade está hoje com 98% do público-alvo vacinado com a primeira dose. Índice altíssimo de vacinação, com todos os indicadores caindo. Não é razoável que ele faça ataques à Câmara dessa forma”, acrescentou Alves.

Tinoco lembrou ainda que as recomendações foram construídas após a realização de duas audiências públicas que debateram a realização de eventos na capital e que reuniram entidades representativas da festa, tanto de blocos e camarotes, como de cordeiros e ambulantes, por exemplo.

Ao todo, onze recomendações foram realizadas pela Comissão para o governador do estado Rui Costa (PT) e o prefeito de Salvador Bruno Reis (Democratas). Dentre elas estão, por exemplo, que a decisão sobre a realização do Carnaval seja realizada até o dia 15 de novembro em conjunto pela Prefeitura e o Governo; e que haja uma redução na duração do Carnaval para no máximo sete dias.