Política

Visita de Bolsonaro à Itália é marcada por prostestos

A viagem durou 5 dias e foi finalizada nesta terça (2)

Alan Santos/PR
Alan Santos/PR

O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro finalizou visita à Itália nesta terça-feira (2). A viagem durou cinco dias e foi marcada por protestos e pelo apoio do líder da extrema-direita italiana, Matteo Salvini. Na ocasião, os dois líderes homenagearam os 500 brasileiros que morreram na Segunda Guerra Mundial. 

"A amizade vai além das polêmicas, que não representam o povo italiano", afirmou  Salvini durante a cerimônia. 

O ato oficial teve a presença de autoridades brasileiras e locais e foi organizado em frente ao monumento erguido no cemitério da cidade em homenagem aos soldados brasileiros que morreram lutando contra os nazistas, cujos restos mortais foram transferido na década de 1960 para o Brasil. 

A presença de presidente do Brasil causou polêmica e protestos na cidade de Pistoia, assim como aconteceu anteriormente em Pádua e Anguillara Veneta, onde Bolsonaro recebeu a "cidadania honorária", concedida pelo município liderado pelo partido de Salvini (Liga), e de onde seus ancestrais emigraram há mais de cem anos. 

Pensando em evitar confrontos, um serviço de segurança foi mobilizado por todo o percurso para impedir confrontos. 

Todo o cuidado é decorrente do episódio da última segunda-feira (1), quando foram registrados confrontos em Padua entre aproximadamente 500 militantes de extrema esquerda e a polícia, que utilizou de canhões d'água para acabar com a manifestação. 

As manifestações foram organizadas por partidos de esquerda, movimentos ecológicos, organizações antimáfia em Pistoia e a igreja local. 

Fausto Tardelli, o bispo de Pistoia não realizou a cerimônia em protesto à exploração midiática da celebração dos mortos, sendo substituído pelo pároco local de San Rocco, Piero Sabatino. 

Os frades do convento de Santo Antônio de Pádua, que o presidente brasileiro visitou na segunda-feira, também criticaram a viagem de Bolsonaro, "uma pessoa que acaba de ser acusada por seu próprio país de crimes contra a humanidade".