Política

Desembargador Carlos Roberto lança candidatura para presidente do TJ-BA

Na carta, o desembargador salienta que, “nos últimos anos, o Tribunal de Justiça da Bahia tem passado por situação traumática

Divulgação
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O atual vice-presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), desembargador Carlos Roberto Araújo, apresentou sua candidatura para presidente da Corte baiana aos colegas de classe. A eleição do TJ-BA será realizada no dia 17 de novembro. Poderão concorrer às vagas da mesa diretora os cinco desembargadores mais antigos. Ao apresentar sua candidatura, o desembargador afirma que seu propósito é de virar a trajetória do TJ-BA, “para que se torne um dos mais respeitados e amados de todo Brasil”.
 
Na carta, o desembargador salienta que, “nos últimos anos, o Tribunal de Justiça da Bahia tem passado por situação traumática, com grande desgaste à sua imagem”. “Nunca esta excelsa Corte arrostou circunstâncias tão dramáticas como a que tem vivido, com exposição da sua reputação ao julgamento público. Este é, pois, momento que requer de nós um super esforço de defesa da honra da instituição, para que esta volte aos seus dias de glória e recupere a confiança da Nação Brasileira”, disse aos pares.

Para o desembargador, a Presidência “tem papel fundamental na reconstrução da reputação do nosso Judiciário”. “Somos um Tribunal de grande porte, com o quinto orçamento dentre as Cortes do País, e, graças a Deus, temos demonstrado enorme capacidade de trabalho, com alta produtividade de nossos gabinetes”, pontua.

Entretanto, ele pondera que “há muito ainda a fazer, muito a recuperar, sobretudo a credibilidade da nossa Corte, que sofreu arranhões indeléveis”. “Confiança, contudo, não se conquista com palavras, mas com ações”, frisa. Carlos Roberto sentencia que a missão de todos do Judiciário é agir: “Mostrar aos brasileiros um Poder Judiciário à altura das grandes Cortes de Justiça do País, com significativa prestação jurisdicional e ética irretocável”. “A Bahia espera isto de nós. O Brasil quer, carece e precisa, que nos reinventemos, e  alcemos o nosso Vetusto Tribunal, de tantas tradições históricas e de grandiosa antiguidade (não esqueçamos que antiguidade é posto) o Primeiro das Américas, às mais altas culminâncias da Ética e da Moralidade”, relembra. 
 
Carlos Roberto Santos Araújo nasceu em Ibirapitanga, região cacaueira da Bahia, em 1952. Adolescente, com a família, mudou-se para São Paulo, onde em 1970, com a coletânea de poemas Lira dos Dezoito Anos, venceu o Concurso Governador do Estado, Categoria Estímulo, cuja Comissão Julgadora era constituída por Péricles Eugênio da Silva Ramos, Oliveira Ribeiro Neto e Osmar Pimentel. Formado em Direito, pela tradicional Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, do Largo São Francisco, advogou em São Paulo e, depois, na Bahia, onde ingressou na magistratura em 1981. Publicou os seguintes livros de poesia: Nave Submersa, 1986, Lira Destemperada, 2003, Sonetos da Luz Matinal, 2004, e Viola Ferida, 2008.

Como magistrado, atuou por 10 anos nas comarcas de Curaçá, Caculé e Itapetinga. Em Salvador, atuou na 3ª Turma Recursal dos Juizados Especiais. Em 2009, se tornou desembargador pelo critério de merecimento, sendo integrante da 2ª Câmara Criminal até se tornar vice-presidente do TJ-BA.