Na última sexta-feira, o deputado estadual Fernando Cury (Cidadania) foi notificado por importunação sexual contra a deputada estadual Isa Penna (PSOL), em dezembro. Desde abril, a Justiça de São Paulo determinou a intimação, porém ele só foi localizado seis meses depois.
Cury foi denunciado pelo Ministério Público, em março, através do procurador-geral Mario Luiz Sarrubbo. Segundo o procurador, a conduta de Cury foi de "absoluto descaso para com a parlamentar vítima, sua condição de mulher, além de atingir a própria imagem da Casa Legislativa e de seus respeitáveis integrantes".
Após denúncia, o desembargador João Carlos Saletti, do Órgão Especial do Tribunal de Justiça, determinou que o deputado fosse notificado e determinou um prazo para a manifestação da defesa.
O assédio aconteceu em dezembro de 2020, contra a deputada estadual Isa Penna (PSOL), no plenário da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). As imagens de câmeras internas da Alesp mostraram o momento exato em que o parlamentar apalpou os seios de Penna.
A Comissão de Ética da Alesp aprovou uma pena inicial de afastamento por 119 dias de Cury, tempo menor do que o recomendado pelo relator.
Posteriormente, o período se prolongou por 180 dias.
Nas redes sociais, Isa Penna falou sobre entrega de notificação. "Eu sei que para algumas mulheres esse dia nunca chega, mas é uma eternidade dez meses após o ocorrido. Cury fugiu durante quatro meses da Justiça, endereços desencontrados e e-mails não respondidos, até porque ele acha que não fez nada", escreveu.
Anteriormente, Cury se defendeu, alegando que o abraço foi um "gesto de gentileza".
