Um levantamento feito pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) divulgado neste domingo (10), apontou que o combate dobrado e a implementação da delegacia digital para denúncias de casos de violência contra a mulher, já mostra resultados positivos na comparação dos dados registrados entre 2020 e índico de 2021.
De janeiro a setembro deste ano, os casos de feminicídio tiveram redução de 13% em toda a Bahia, em relação ao mesmo período do ano passado, saindo de 76 registros para 66. No Dia Nacional de Luta Contra a Violência contra a Mulher, celebrado neste domingo (10), a SSP reafirma o compromisso de atuar de maneira firme na prevenção, bem como levar à Justiça quem comete este tipo de crime.
O trabalho conjunto da Policia Militar e Civil também tem resultado na redução dos demais índices de violência doméstica no estado. De janeiro a agosto deste ano, o número de lesões corporais dolosas passou de 7.464 para 5.801, e o de estupro de 207 para 155 casos. As ameaças decresceram de 11.830 para 9.539. Todos esses registros foram classificados com base na Lei Maria da Penha.
O secretário da pasta na Bahia, Ricardo Mandarino, reforçou a importância do envolvimento de toda a sociedade no combate à violência de gênero.
“Ainda que, graças ao trabalho das polícias, esses índices estejam em queda, são números alarmantes que mostram a necessidade de uma mudança de postura de toda a sociedade. Precisamos derrubar essa cultura agressora e machista que vitima as mulheres em todo mundo, e só alcançaremos esse objetivo através da educação e do estímulo ao respeito”, afirmou o gestor.
Sobre a ação que tem sido linha de frente no enfretamento contra violência doméstica, a Operação Ronda Maria da Penha, realizou de janeiro a setembro deste ano, na Bahia, a prisão em flagrante de 129 agressores, além do encaminhamento de 318 homens à delegacia para prestarem esclarecimentos. Mais de 25 mil fiscalizações de medidas protetivas – espécie de visitas às mulheres atendidas pela unidade especializada – foram realizadas, atendendo a um público feminino de 6.641 pessoas.
A ORMP, presente em 22 municípios baianos, também atua de forma educativa na promoção de encontros e realização de palestras com homens com o objetivo de informar e conscientizar sobre atitudes machistas e violentas e as consequências judiciais desses atos.