Política

Oposição vai à PGR contra empresa de Guedes em paraíso fiscal

Guedes pode ter lucrado R$ 14 milhões com a valorização do dólar desde que assumiu o Ministério da Economia

José Cruz
José Cruz

O senador Randolfe Rodrigues (Rede), e o deputado Alexandre Frota (PSDB), decidiram apresentar notícias-crimes ao Supremo Tribunal Federal e à Procuradoria-Geral da República pedindo que a empresa que Paulo Guedes mantém em um paraíso fiscal seja investigada. O senador também quer que seja investigada a offshore de Roberto Campos Neto. O presidente do Banco Central manteve a empresa num paraíso fiscal durante os 15 primeiros meses em que esteve no cargo. As informações são da coluna de Guilherme Amado para o Metrópoles.

Guedes pode ter lucrado R$ 14 milhões com a valorização do dólar desde que assumiu o Ministério da Economia por meio da Dreadnought International, offshore que mantém nas Ilhas Virgens Britânicas.

Randolfe afirmou que deve apresentar um pedido de convocação de Guedes para dar explicações sobre o tema na Comissão de Assuntos Econômicos no Senado e que apresentará um projeto de lei para que agentes do mercado financeiro tenham de cumprir uma quarentena antes de assumir o Ministério da Economia e o Banco Central.

Frota já apresentou uma denúncia à PGR na manhã desta segunda-feira (4) contra Guedes e Campos Neto. O deputado tucano, pede a exoneração dos dois e diz que Guedes e Neto cometeram improbidade administrativa e os crimes de tráfico de influência e advocacia administrativa, além de terem violado o Código de Conduta da Alta Administração Federal, que proíbe funcionários do alto escalão de manter aplicações financeiras que possam ser afetadas por políticas governamentais.