Política

CPI: Hang nega fazer parte do gabinete paralelo

O empresário comentou ainda sobre a suspeita de alteração na certidão de óbito de sua mãe

Reprodução/Flickr Senado Federal
Reprodução/Flickr Senado Federal

No início do depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, o empresário Luciano Hang afirmou que não integrava o chamado “gabinete paralelo” e que não financiou fake news, mas afirmou ser um “ativista político” desde 2018. O empresário afirmou ainda que o nome de sua mãe foi utilizado de forma “vil” e “política”.

“Não conheço, não faço e nunca fiz parte de nenhum gabinete paralelo, não financiei esquema de fake news, e não sou negacionista”, defendeu-se. “Eu lutava para que a indústria e comércio ficassem abertos mantendo empregos e sustentos dos brasileiros”, disse.

Vale ressaltar ainda que o prontuário médico da mãe do empresário bolsonarista afirma que ela morreu em consequência de uma pneumonia bacteriana e não cita a Covid-19, motivo pelo qual foi internada na unidade hospitalar Sancta Maggiore em São Paulo, como causa da morte. A advogada Bruna Morato, que representa 12 médicos da Prevent Senior, afirmou durante inquérito nesta terça (28), que a certidão de óbito da mãe do empresário foi alterada.

“É duro para mim ver a morte da minha mãe sendo usada politicamente, de forma baixa e desrespeitosa. Não aceito desrespeito a morte da minha mãe. Tenho consciência de que como filho sempre fiz o melhor por ela.”

No entanto, o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD), rebateu as falas do empresário. “O senhor é que trouxe o debate falando, suas palavras são claras: ‘se minha mãe tivesse usado o tratamento precoce, talvez ela teria sido salva’. Não fomos nós que trouxemos sua genitora para esse debate”, declarou.