Novos casos da variante Delta foram detectados na Bahia pelo Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-Ba). Com os registros, a Bahia tem até esta quinta-feira-feira (23), 14 casos da variante, com dois óbitos. Os pacientes diagnosticados, segundo a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), são de Senhor do Bonfim (2), Sapeaçu, Conceição do Almeida, Salvador (2), Vereda, Medeiros Neto (2) e Vitória da Conquista. A idade dos pacientes varia de 1 a 45 anos e são três homens e sete mulheres. O primeiro caso foi descoberto em Feira de Santana.
Mesmo com esta nova cepa rondando a Bahia, o número de testes tem diminuído. Isso também se deve ao avanço da vacinação. Atualmente, no Estado, já são 9.440.830 vacinados com a primeira dose e 4.781.148 com a segunda. Corresponde, aproximadamente, a 62% da população total do estado baiano.
O fato é que as pessoas deixaram de fazer testes para prevenção da variante Delta e isso tem gerado a diminuição da realização dos exames. Dados do Lacen-Ba, fornecidos pela Sesab e levantados pelo LDNotícias, mostram que do total de exames recebidos com suspeita para Covid-19, desde janeiro, o pico mais alto foi em maio, que testou 41.727 pessoas. E o menor mês com registros de exames foi de agosto, com 7.354.
Já em 2020, sem a descoberta da variante Delta na Bahia, apenas com a Covid-19, houve um crescimento substancial. De 19 de junho a 3 de julho, no pico da pandemia, foram testadas 56.564 pessoas. Em novembro, 41.025 fizeram o teste, maior número semanal do ano. Os cálculos aproximados foram feitos com base nos gráficos das semanas epidemiológicas, que correspondem a sete dias, independentemente do mês. Logicamente, o menor número foi na primeira semana do ano de 2020, com apenas 142 testes.
A Sesab afirma ainda que apesar da detecção desses novos casos da Delta, a variante Gamma (antiga P.1, originária em Manaus) ainda é responsável por quase 80% das infecções no estado.
A secretária da saúde do Estado interina, Tereza Paim, alertou, na última quarta-feira (22), que é preciso manter os cuidados contra o vírus. A gestora ainda afirma que a Saúde está preparada caso haja uma nova onda da pandemia. “Em termos de taxa de ocupação de leitos, a gente vem girando 28/30%. Estamos sim preparados. Se nova onda viesse, todos os leitos, aqueles 1.700 leitos, que estamos reconvocando para não-covid, virarem novamente a atenção a Covid-19".
Paim disse ainda que a principal medida para conter o avanço da Covid-19 e, por consequência, a variante Delta, é o avanço da vacinação. “É importante que as pessoas busquem as unidades de saúde para tomarem o imunizante contra a doença, incluindo também a dose de reforço. O esquema completo de vacinação dá uma maior garantia de defesa contra a Covid-19”, ressaltou.