Política

CCJ do Senado rejeita coligações e PEC com mudanças eleitorais avança

O texto segue agora para o plenário do Senado, onde a votação deve ocorrer em dois turnos ainda nesta quarta

Jefferson Rudy/Agência Senado
Jefferson Rudy/Agência Senado

A Comissão de Constituição e Justiça aprovou, nesta quarta-feira (22), o relatório da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que muda regras eleitorais e rejeitou a voota das coligações. O parecer, da senadora Simone Tebet (MDB-MS), considerou inconstitucional este retorno. O texto segue agora para o plenário do Senado, onde a votação deve ocorrer em dois turnos ainda nesta quarta.

De acordo com a senadora, a volta das coligações causa distorção no voto popular, dado que um candidato muito bem votado pode ajudar a eleger outros com ideologia e princípios diferentes do que o que levou a maior parte dos votos. “A distorção do voto do eleitor decorrente da livre coligação partidária nas eleições proporcionais atenta contra duas das quatro cláusulas pétreas arroladas no art. 60 da Constituição: o voto direto, secreto, universal e periódico e, na medida em que o voto é um dos direitos políticos fundamentais do cidadão, os direitos e garantias individuais.

Esse tipo de aliança foi proibido para eleições de deputados e vereadores desde 2020. O pleito de 2022 seria o 1º nacional sem coligações. 

Tebet manteve a contagem em dobro dos votos de candidatos negros e para mulheres para fim de divisão do fundo eleitoral até 2030. “Parece ser um mecanismo eficiente para estimular os partidos a incluírem nas listas de candidatos nomes competitivos de mulheres e de negros”.

O relatório também libera que congressistas que trocarem de partido com a anuência de seus partidos não sofrerem as penalidades previstas pela chamada “infidelidade partidária”.

A mudança da data da posse dos políticos eleitos, que mudaria do dia 1º de janeiro para 5 (presidente) e 6 de janeiro (governadores), foi aceita. Passa a valer a partir da eleição de 2026, posse em 2027.