O secretário da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), Ricardo Mandarino, comentou sobre a nova política que os policiais envolvidos em uma troca de tiros e acabam atingindo pessoas, tenham seus direitos defendidos “pelos excelentes profissionais da Defensoria Pública”. Segundo Mandarino, “as pessoas falam muito desses liberalistas, da baixa qualidade do serviço público, falam muito no mercado”, entretanto questiona quem aplicou a vacina contra a Covid-19 nas pessoas, “o mercado ou foi o Estado?”.
“Pensa uma coisa, o policial sai para fazer uma operação, se envolve numa troca de tiros, tem que se defender, é legítimo, então ele se envolve numa situação onde não teve outra alternativa a não ser atirar no marginal que o ataca e depois vai ter que pagar advogado. Ele não ganha um salário suficiente para pagar advogado caro e os advogados criminalistas bons são caros, sendo que a Defensoria Pública tem excelentes profissionais. Eu sempre falo o serviço público brasileiro, as pessoas falam muito desses liberalistas, da baixa qualidade do serviço público, e do mercado. Eu só pergunto uma coisa, quem foi que botou vacina no braço das pessoas, foi o mercado ou foi o Estado? Isso ninguém responde. Então o policial militar, um policial civil que se envolver vai ter um profissional à altura dos melhores advogados criminalistas do estado para defendê-lo. Isso não é não tem nada mais do que obrigação nossa e foi ideia do Governador”, afirmou o secretário durante a inauguração das novas sedes de atendimento a servidores públicos do Estado hoje (14).
Sobre as guerras entre facções que estão ocorrendo entre os bairros de Salvador, ele pontua que as ações acontecem dentro das leis do Estado e que para um resultado efetivo deve haver o debate relativo à regulamentação das drogas.
“A gente só atua dentro dos marcos legais. Hoje traficar droga é crime, o consumidor também. Então a gente só pode atuar de acordo com quem a legislação permite. Então como é crime a gente combate o tráfico de drogas, dentro do que é permitido. Eu acho que isso não funciona, e sim minimiza, porque se deixasse solto ninguém saia de casa. O que a gente faz é intensificar, investigar, prender traficante, prender, apreender drogas, nunca se aprendeu tantas drogas na no estado da Bahia como se tem aprendido. Isso não é a solução, a solução é a sociedade acabar com essa hipocrisia e discutir a regulamentação das drogas. Se você quer comparar quer combater consumo de droga você tem que regulamentar o comércio porque aí você tem condição de educar as pessoas”, disse.