O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), afirmou durante pronunciamento que não vê mais espaço para "radicalismos e excessos", que é hora de dar "um basta nas escaladas de tensões'' e que está aberto a conversas e negociações para acalmar os ânimos. A fala ocorreu um dia após as manifestações de 7 de setembro, onde favoráveis ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), levantaram pautas antidemocráticas, como o pedido de fechamento do STF (Supremo Tribunal Federal).
Em seu pronunciamento na tarde de hoje (8), Lira disse que ainda não havia se manifestado sobre o tema "porque não queria ser contaminado pelo calor do momento já por demais aquecido". Para ele, “bravatas em redes sociais, vídeos e um eterno palanque deixaram de ser um elemento virtual e passaram a impactar o dia a dia do Brasil de verdade”.
Lira acrescentou que: “o Brasil vê a gasolina chegar a R$7, o dólar valorizado em excesso e a redução de expectativas. Uma crise que, infelizmente, é superdimensionada pelas redes sociais, que, apesar de amplificar a democracia, segundo ele, estimula incitações e excessos”.
O progressista afirmou que o voto impresso é “uma página virada”. O plenário da Câmara rejeitou no mês passado proposta que pretendia incluir um módulo de voto impresso ao lado das urnas eletrônicas a partir das eleições de 2022. Ontem, Bolsonaro voltou a repetir a mentira de que o atual sistema eleitoral brasileiro não é auditável — ou seja, de que não permitiria a conferência dos votos feitos pelos eleitores — e pediu de novo a implantação do sistema do voto impresso na disputa de 2022.
O deputado aproveitou para ressaltar a importância da Constituição e acrescentou que ela “jamais será rasgada”.