A deputada federal Alice Portugal (PCdoB) acredita que os atos de ódio, convocados pelo atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido), assusta e ameaça a democracia do Brasil. Alice, em entrevista ao LDNotícias nesta terça-feira (7), durante o ato contra o presidente no Campo Grande, em Salvador, ainda citou o caso da propina relacionada à vacina Covaxin contra a Covid-19, afirmando que Bolsonaro "teme as nações constitucinais".
“Olha a convocação por parte do Presidente da República para atos de ódio, para verdadeiras arruaças com conteúdo inconstitucional, com confronto com o Supremo Tribunal Federal, onde azaram ameaças de morte, ameaças a parlamentares, e ministros, é algo realmente é que assusta e ameaça a democracia em nosso país. Portanto, completamente fora da curva eu espero que tudo corra em paz, mas a verdade é que a democracia está sofrendo um forte ataque e na nossa compreensão ela não sobrevive de maneira compactuada com Bolsonaro. Nós precisamos isolar e derrotar Bolsonaro para que o país volte a respirar ares de liberdade e democracia”, afirmou a deputada.
Alice ainda ressaltou que Bolsonaro teme que os crimes realizados por ele e seus filhos sejam constatados pela CPI da Covid, citando o caso da propina em cima da vacina indiana Covaxin.
“Ele teme a nações constitucionais, especialmente do ministro Alexandre de Moraes, e teme porque crimes estão sendo constatados na CPI e também em relação aos seus filhos, especialmente o vereador carioca [Carlos Bolsonaro]. Não há dúvida que depois de ter retardado teve uma operação tartaruga na compra de vacinas, sem responder os emails da Pfizer e de outras farmacêuticas, eles negociem propina a um real a dose para essa vacina que sequer havia atestado no Brasil, a Covaxin. Então a CPI caminha para criminalização do ministro da saúde [Marcelo Queiroga], e dele [Jair Bolsonaro], que é o mandatário da nação e isso leva a essa ação de prevenção contra o Supremo. O fundo de tudo é aplacar a comprovação de crimes que justificam o impeachment e eu espero que o presidente da Câmara [Arthur Lira] se antecipe e compreendam o mal que se realiza contra a democracia na medida em que não se tira Bolsonaro daquela cadeira”, comentou.
Para ela, o “centrão” também se mostra insatisfeito em relação ao clima instalado no país, de bipolaridade política. “Eles vivem de votos. A base do centrão já está de maneira absolutamente verbalizada com contradições com o Governo. Então essa relação tem um prazo, o prazo dos resultados dos municipalistas, de levar trator, de levar obra, mas chega o ponto que o povo não aguenta. E evidentemente lição da política real eles estarão com certeza eu espero que em breve tempo rompendo com esse político”, finalizou sua fala ao site.