Relator da CPI da Pandemia, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) disse, nesta terça-feira (31), que prorrogou a previsão de entrega do seu relatório para o final de setembro. A expectativa, segundo ele, é tornar público o seu parecer a partir do dia 22. O próprio relator tinha falado anteriormente que entregaria o parecer no início da segunda quinzena de setembro. A nova previsão se deve a inclusão de novos depoimentos no cronograma e pela paralisação das inquirições durante a semana do feriado de 7 de setembro.
Ele explicou que há um cronograma estabelecido pela direção da CPI. No entanto, à medida que vão se desenrolando os depoimentos e com a chegada de novos documentos, há a necessidade de se convocar outras testemunhas.
De acordo com Renan, a Comissão vai ouvir, nesta quarta-feira (1), o advogado Marcos Tolentino, que, segundo alguns senadores da CPI, seria sócio oculto da FIB Bank e avalista do contrato da Precisa Medicamentos com o Ministério da Saúde. Já na quinta (2), conforme o relator, será ouvido Marconi Ribeiro, identificado pelos membros da Comissão como lobista da Precisa.
"E nós vamos, na medida do possível, acrescentando esses outros depoimentos. Se precisar ouvir dois por dia, três, não importa. O Importante é que nós tenhamos os depoimentos dessas pessoas porque eles são importantes para configurar muitos fatos", disse o relator.
Para Renan, até o momento, a CPI desempenhou um “papel importantíssimo” por ter gerado impacto em todas as áreas, sobretudo no avanço da vacinação.
"O Brasil, se não fosse a vontade criminosa do presidente da República, teria sido um dos primeiros países a vacinar no mundo. E ele recusou a aquisição de vacina na hora certa e isso agravou o morticínio. E, apesar dos avanços, nós temos que cobrar que se avance cada vez mais".