A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia enviou neste sábado (28), antes do prazo dado pela ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, um parecer sobre à solicitação feita sobre um suposto vazamento de dados fiscais do líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR).
Em nota judicial, a Advocacia do Senado Federal afirma que, após uma análise técnica feita nos arquivos da comissão, não houve acesso às informações sigilosas. A peça da defesa também ressalta que os sistemas de segurança foram revisados, “sem que nenhuma irregularidade tenha sido encontrada até o momento”.
“É simplesmente impossível que as informações que alimentaram a reportagem tenham sido obtidas do acervo de dados sigilosos da comissão parlamentar de inquérito”, alega a resposta da CPI da Pandemia.
“Por ora, prestaram-se informações mais que suficientes para se rechaçar de forma peremptória a infundada alegação do impetrante de que a comissão parlamentar de inquérito tenha desacatado a decisão adotada e violado seu sigilo de dados”, continua o documento.
A CPI da Pandemia também criticou arduamente o parlamentar, afirmando que ele promove “defesa frenética, desleal e imbuída de má-fé” ao imputar “sem qualquer indício de prova” que os dados sigilosos tenham sido vazados. E que isso é uma estratégia dele despistar o real foco do inquérito que ele vem respondendo na Comissão.
Até o momento, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), não respondeu diretamente a ministra, que endereçou as acusações a ele, uma vez que ela permitiu apenas que o parlamentar tivesse acesso a informações confidenciais de Barros para dar continuidade no inquérito de acusação sobre casos da Covaxin.