A Bahia teve um aumento de 7,1% nos assassinatos no primeiro semestre de 2021 na comparação com o mesmo período de 2020, de acordo com o Monitor da Violência, divulgado nesta sexta-feira (20). O ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, comentou sobre os números e criticou o governo PT em um vídeo publicado em suas redes sociais.
Os dados do Monitor da Violência apontaram que em todo o Brasil, o número de assassinatos caiu 8%. No entanto, a Bahia e mais cinco estados registraram alta no número de mortes violentas: Paraíba, Roraima, Amazonas, Maranhão e Piauí. "A Bahia continua sendo a líder nacional em número de assassinatos. Somos responsáveis por 14% de todos os homicídios que acontecem em nosso país. Fica uma pergunta: porque outros estados conseguem diminuir esses números, conseguem avançar, melhorar e a Bahia não avança?", questionou Neto.
Em outro trecho do vídeo, o presidente do democratas criticou o governo PT. "A verdade é que, nesses últimos 16 anos, praticamente de governos do PT, quatro governos consecutivos, nós só fizemos piorar no item Segurança Pública. A Bahia, desde 2017, é a campeã nacional em termos de assassinatos e por tanto mortes violentas", falou. "O que nós precisamos no futuro é de um governador que chame a responsabilidade para si, que encare o problema, que entenda o tamanho do desafio e não fique procurando cuplados e nem desculpas", completou.
O possível candidato ao governo da Bahia em 2022, disse também que a Bahia precisa "liderar". "Tem que liderar na educação, tem que liderar na geração de empregos, na atração de investimentos. Não tem que ser líder no Brasil de assassinatos e mortes violentas", concluiu.
Nos seis primeiros meses deste ano, foram registradas 2.931 mortes violentas, contra 2.737 no primeiro semestre de 2020. Ou seja, 194 a mais. Estão contabilizadas no número as vítimas de homicídios dolosos, incluindo os feminicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte.
O levantamento, que compila os dados mês a mês, faz parte do Monitor da Violência, uma parceria do G1 com o Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.