Política

CPI aprova quebra de sigilos fiscais de advogado de Bolsonaro

Líder do governo na Câmara, Ricardo Barros também vai ter quebra e sigilos fiscais

Jonne Roriz/VEJA
Jonne Roriz/VEJA

Os senadores membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, aprovaram 187 requerimentos no início da sessão desta quinta-feira (19). Foram aprovados o acesso aos dados fiscais de Ricardo Barros (PP), líder do governo na Câmara dos Deputados, e do advogado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Frederick Wassef. 

A quebra de sigilo envolvendo Frederick Wassef foi pedida pelo relator da Comissão, o senador Renan Calheiros (MDB). Segundo ele, há indícios para apurar se o advogado recebeu recursos da Precisa Medicamentos na assinatura do contrato da Covaxin. 

Já Ricardo Barros, que compareceu à CPI em outra ocasião, havia se manifestado contra a solicitação pelas redes sociais na manhã desta quarta-feira (18). "A CPI não encontrará nenhuma ligação minha com a Precisa, todas as pessoas ouvidas no caso Covaxin negaram minha participação. A CPI extrapola, exagera e mente, mas agora a condução da relação com a CPI é com meus advogados", publicou.

Com isso, todos os requerimentos que estavam na pauta foram aprovados na mesma sessão. São 96 pedidos de informação, 83 de quebras de sigilos, 6 de convocação, 1 convite à CPI e 1 pedido de auditoria ao Tribunal de Contas da União (TCU).

A definição de quais requerimentos seriam aprovados foi alvo da atenção dos senadores antes do início da sessão desta quinta. A CPI recebeu Francisco Maximiano, sócio da Precisa, para prestar depoimento. O empresário também teve quebras de sigilo aprovadas.