Brasil

Transmissão do Zika pode ocorrer por leite materno, sangue e sêmen

Após a comprovação de que o vírus Zika eleva os riscos de microcefalia em fetos e de Síndrome de Guillain-Barré, pesquisadores encontraram evidências para outras três possíveis formas de transmissão da doença

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Após a comprovação de que o vírus Zika eleva os riscos de microcefalia em fetos e de Síndrome de Guillain-Barré, pesquisadores encontraram evidências para outras três possíveis formas de transmissão da doença. Além da picada do mosquito Aedes aegypti, o vírus pode ser transmitido pelo sêmen, por transfusão de sangue e por leite materno. A informação, no entanto, ainda não foi confirmada, já que pesquisas sobre o tema são escassas no Brasil.

Ao jornal O Globo, a presidente da Comissão de Controle de Infecção da Maternidade Santa Joana, a infectologista Rosana Richtmann recomendou que as mulheres que estiverem amamentando e perceberem os sintomas do vírus, suspendam o aleitamento. "Enquanto ainda estamos na dúvida, é bom evitar. Os sintomas do Zika duram no máximo cinco dias. Pelo menos durante esse período, acho melhor não amamentar, porque não podemos negar que há um risco potencial", disse.

A transmissão sexual do vírus teve o primeiro relato registrado em 2008, quando um pesquisador americano do estado do Colorado voltou de uma viagem ao Senegal com sintomas de Zika. Sua mulher, que não saía dos Estados Unidos fazia mais de um ano, também desenvolveu a doença poucos dias depois. A partir disso, médicos passaram a cogitar a hipótese. Em 2013, um grupo de pesquisadores do Taiti mostrou que o vírus podia ser encontrado no sangue de 3% dos doadores assintomáticos. O número surpreendentemente alto sugere um risco real de transmissão durante transfusões.

 Foto: Reprodução/Agencia Brasil