O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou nesta quinta-feira (12) que a operação Lava Jato foi uma ‘tentativa de destruir a esquerda brasileira’, mas esse objetivo foi frustrado com a comprovação da sua inocência e da suspeição do ex-juiz Sérgio Moro. A declaração foi dada durante discurso do lançamento do ‘Memorial da Verdade’, livro que busca refazer o caminho da guerra jurídica contra o petista.
“A tentativa de destruir a esquerda brasileira não deu certo”, afirmou o pré- candidato à presidência em 2022, que acrescentou: “Nós conseguimos sobreviver e saímos desse processo de destruição muito mais fortes.”
Lula afirmou que os acusadores do seu processo miravam a destruição das esquerdas porque estavam aliados a interesses de grandes grupos que buscavam garantir que políticas de inclusão social não avançassem no Brasil.
“Eles não querem que volte [as políticas de inclusão social]. Eles estão muito preocupados em garantir o espaço fiscal para que os banqueiros continuem mamando numa vaca gorda chamada Brasil enquanto o povo está deitado na rua passando frio e fome.”
Para o petista, com a atuação contra ele e as esquerdas, a força-tarefa da Lava Jato acabou se transformando em uma ‘quadrilha’ comandada pelo ex-juiz e ex-ministro Sérgio Moro.
“Muita gente achava ruim quando eu falava que não trocaria a minha dignidade pela minha liberdade. Muita gente achava que era bravata, mas não era bravata, era o orgulho que eu tinha de provar que a força-tarefa de Curitiba tinha se transformado em uma quadrilha, que o Moro era o chefe dessa quadrilha e que essa quadrilha tinha um único objetivo político que era nos destruir e destruir o Lula”, ressaltou.
O ex-presidente disse ainda que o PT vai demorar para recuperar o seu prestígio perdido, apesar de acreditar que a esquerda saiu fortalecida deste processo.