Política

Após derrota na Câmara, Bolsonaro diz que "não é possível confiar nas eleições"

Presidente reforçou seu discurso de questionamento à lisura das eleições

Tânia Regô/Agência Brasil
Tânia Regô/Agência Brasil

Após ser derrotado na votação da Proposta de Emenda à Constituição 135/19, do voto impresso, na Câmara dos Deputados, o presidente Jair Bolsonaro disse, nesta quarta-feira (11), que foi reflexo de chantagem e medo de deputados sofrerem retaliações. Com a derrota da proposta que era defendida pelo governo, Bolsonaro reforçou seu discurso de questionamento à lisura das eleições.

"Quero agradecer à metade do parlamento que votou de forma favorável ao voto impresso, parte da outra metade que votou contra, que entendo que votou chantageada. Uma outra parte que absteve, não todos, mas alguns lá não votaram por medo de retaliação", disse, em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada, em Brasília.

O parecer recebeu 229 votos a favor e 218 contra. Houve ainda uma abstenção. Eram necessários 308 votos para aprovação da proposta de emenda à Constituição.  Dos 39 deputados federais baianos, nove não compareceram à votação, 21 votaram contra a PEC e outros nove foram favoráveis ao voto impresso.

"Em números redondos, 450 deputados votaram ontem, foi dividido. Então é sinal que metade não acredita 100% da lisura dos trabalhos do TSE, não acredita que o resultado seja confiável. Dessa outra metade que votou contra, você tira PT, PCdoB, PSOL, e para eles é melhor voto eletrônico como esta aí", disse.

"Desses outros que votaram contra, muita gente votou preocupado. Com problemas, essas pessoas resolveram votar com o ministro, presidente do TSE. Os que se abstiveram numa votação online, abstenção é muito difícil acontecer. Sinal que ficaram preocupados com retaliações", afirmou.