Uma pesquisa conduzida pelas Universidades Federal de São Paulo (Unifesp) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em descoberta inédita, conseguiram detectar a presença do coronavírus em retinas. O estudo pode contribuir para compreender melhor a dinâmica do vírus e as sequelas em pacientes infectados.
A pesquisa é financiada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), que deu os recursos necessários para que os pesquisadores analisem a retina ocular de pacientes que faleceram em decorrência da Covid-19 e comparem com fotos dos olhos de pacientes vivos com o vírus para analisar as diferenças e formas de aferir a presença do vírus a partir da retina.
Além de identificar a presença do vírus e de reservatórios dele nos corpos dos pacientes, o professor explica, em entrevista para a Agência Brasil, que os resultados do estudo podem auxiliar no processo de entendimento e enfrentamento das sequelas de pessoas que contraíram a Covid-19.
“A pesquisa pode ajudar a entender a existência das sequelas e como combater às sequelas, como aquelas relacionadas alterações neurológicas que alguns pacientes com Covid-19 desenvolvem”, disse Rubens Belfort.
As informações obtidas pela pesquisa podem contribuir para a compreensão das causas das sequelas. “Será que desenvolve porque é alteração imunológico ou tem relação com o vírus que ficou?”, indaga, exemplificando que tipo de questões carecem de melhores explicações.